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Dores na coluna: fique atento, você pode ter um desvio postural

18 Jul 2018 - 12:46

Dores na coluna: fique atento, você pode ter um desvio postural

(Foto: Reprodução)

No Brasil, 80% das pessoas têm ou terão problemas posturais, que em geral se manifestam por dores lombares – as famosas lombalgias – representando a segunda grande causa de afastamento do trabalho.
 
A nossa coluna vertebral possui curvaturas naturais, ditas “fisiológicas”, que têm como principal objetivo aliviar o impacto e a sobrecarga da ação da gravidade sobre o nosso corpo nas posições em pé e sentada. Temos duas dessas curvaturas em cada segmento da coluna: lordose cervical e lombar, e cifose torácica e sacral. Elas se formam no processo de desenvolvimento, enquanto ainda somos bebês.
 
Desvios posturais mais comuns
Os desvios posturais mais frequentes são hiperlordose cervical e lombar, hipercifose torácica e sacral, escoliose e a retificação cervical, torácica ou lombar. Em geral, os maiores causadores são: fraqueza muscular, manutenção de posturas viciosas no trabalho e nas ações do dia a dia, atividades de repetição e o sedentarismo.
 
Hiperlordose lombar: é definida como um aumento acentuado das curvaturas fisiológicas. Os sintomas mais comuns dessa alteração postural são as dores lombares. Por causa disso, o abdome fica aumentado pela fraqueza dessa musculatura.
 
Hiperlordose cervical: tem a mesma definição da lombar, mas os sintomas são dores intensas no pescoço, que podem chegar até o meio das costas. A cabeça costuma ficar mais anteriorizada levando ao “empinamento” do queixo e fraqueza dos músculos do pescoço. Como essa região é intimamente ligada à coluna torácica, além de gerar dores na própria região, pode propiciar o aumento da curvatura cifótica, levando à outra alteração postural importante.
 
Hipercifose torácica: pacientes que possuem esse tipo de alteração postural e apresentam a queixa que estão ficando “corcundas”. Além da questão estética e das dores na própria coluna torácica, podem aparecer sintomas relacionados aos ombros que acabam ficando “enrolados” para frente.
Hipercifose do sacro: os sintomas estão mais relacionados à lombar pela proximidade das duas regiões e por ela ser parte da coluna que mais sofre com a sobrecarga do andar e sentar comuns ao dia a dia.
 
Escoliose: caracteriza-se por uma alteração postural que acontece quando a olhamos de frente. Essa variação aumenta as curvaturas da coluna lateralmente. Nesses casos, é comum ouvirmos dos médicos que a coluna está em formato de “S” ou de “C”. A escoliose pode ter causas congênitas, quando ocorre má formação ou fusão das vértebras da coluna no desenvolvimento do bebê ainda no útero ou no nascimento, podendo ser grave e ocorrer por um vício postural, ou uma alteração no comprimento de um dos membros inferiores, por exemplo, ou um terceiro tipo, chamado neuromuscular. Neste último, em geral, é a mais grave, tem o formato em “S” e está associado a patologias de origem neural que podem acometer o sistema muscular, como as distrofias musculares ou paralisia cerebral.
 
A escoliose em “C” é a mais comum, está relacionada à escoliose do tipo idiopática e acomete a região tóraco-lombar, onde a curva pode estar para os lados direito ou esquerdo. As retificações cervicais, torácicas e lombares significam a diminuição das curvas desses segmentos, e suas causas são as mesmas das que podem levar ao aumento dessa curvatura. Vale lembrar que doenças respiratórias, doenças reumáticas, alterações reflexas e até mesmo os fatores psicológicos podem prejudicar a postura e predispor o surgimento da escoliose idiopática. Quando se trata da alteração postural por vício de postura inadequada observa-se um desarranjo em vários elementos internos (como fraqueza muscular) e externos ao corpo (como mobiliário do ambiente de trabalho) que levam a dores e limitações na funcionalidade.
 
Como melhorar os problemas na coluna
•        No seu trabalho você permanece muito tempo sentada(o)?
 
Levantar da cadeira de períodos em períodos já é uma ótima prevenção. Nosso corpo não foi feito para permanecer sentado durante tanto tempo. A pressão entre os discos vertebrais pode ser significativamente maior quando estamos sentados e permanecemos por longos períodos na mesma posição do que parado em pé. Sem contar que podemos facilitar a atrofia muscular e a curvatura fisiológica da coluna.
 
•        Um dos maiores fatores de risco para dor lombar é o sedentarismo
 
As pessoas que praticam atividades físicas além de reduzir o risco de morte precoce e aumentar a expectativa de vida, estimulam positivamente os discos entre as vertebras e consequentemente o hidratam mais, com exercícios aeróbicos de baixa carga. Hoje em dia escutamos muitas desculpas para não realizar atividades físicas, mas podemos mudar a nossa rotina e incorporar algumas atitudes no nosso dia a dia, como por exemplo, ir ao trabalho de bicicleta, optar pelo transporte público e descer um ponto ou uma estação antes do trabalho, fazer uma caminhada mais prolongada e usar as escadas ao invés das escadas rolantes.
 
•        Alimentação e controle do peso também ajudam na prevenção das dores
 
Nossos hábitos alimentares influenciam na nossa saúde, não apenas os exercícios físicos. Não faz sentido uma mudança brusca e repentina, aos poucos podemos trocar a proporção das comidas processadas, a base de farinha branca e gordurosos, pelos alimentos saudáveis.
 
•        Usar apoio lombar
 
Sentar de forma correta sem se cansar também não é tarefa fácil. O apoio lombar mantém a curvatura da coluna quando estamos sentados, não possibilitando a inversão da curvatura lombar, protegendo-a e evitando as dores e desconfortos. Uma pequena almofada ou travesseiro servem como apoio, se estiverem grandes demais, enrole uma toalha ou até mesmo a sua blusa. Não se esqueça que no trânsito, usar o apoio no banco do carro, também pode ser de grande valia.
 
Em certos casos, é necessária a intervenção de um profissional qualificado para orientar e reabilitar o indivíduo com alteração postural. Existem várias técnicas especializadas na reeducação postural como o RPG, pilates, terapia manual e claro, os exercícios de fortalecimento para os músculos específicos de estabilização da coluna. Cabe ao profissional avaliar e escolher qual técnica se adéqua melhor.

Fonte: UOL

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