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Preço de imóveis acumula queda real de 18%

05 Set 2018 - 11:02

Preço de imóveis acumula queda real de 18%

(Foto: Reprodução)

Com a economia andando de lado e o consumidor evitando fazer dívidas, o preço dos imóveis residenciais tem variado abaixo da inflação há mais de três anos e meio, segundo a pesquisa FipeZap. Desde dezembro de 2014, a variação do preço de compra da casa própria — em 20 cidades — perde da inflação, considerando a variação em 12 meses.


A queda real dos preços dos residenciais entre o começo de 2015 e agosto deste ano é de 18,2%. Assim, um imóvel que era vendido por R$ 500 mil em janeiro de 2015 seria ofertado hoje por cerca de R$ 408,8 mil. Neste ano, até agosto, houve uma queda real de 3,14% nos preços dos imóveis prontos.

A reversão de expectativas quanto ao crescimento do País este ano e as incertezas eleitorais em outubro devem postergar a retomada do mercado imobiliário em todo o País, na visão do economista Bruno Oliva, da Fipe. "O impacto das incertezas no mercado imobiliário é duradouro, porque o consumidor vai pensar muito bem antes de se aventurar em uma dívida que pode durar até 30 anos."

O pesquisador do Núcleo de Real Estate da Poli-USP João da Rocha Lima Júnior lembra que o mercado imobiliário, após uma onda de otimismo antes da crise, amargou uma desaceleração nos últimos anos.

— O setor teve de se adequar, segurar preços e rever lançamentos para reduzir as perdas.

Na virada de 2014 para 2015, a deterioração da economia começou a se refletir na alta dos distratos — como é chamada a desistência da compra de imóveis novos. Um levantamento da Fitch feito com nove empresas do setor, apontava que de cada 100 imóveis vendidos em 2015, 41 foram devolvidos.

Sobrevalorização

Para o diretor de vendas da Lello, Igor Freire, os preços de imóveis variam abaixo da inflação porque vinham de uma sobrevalorização dos anos anteriores à crise. "Na média, hoje, o vendedor tem concordado em dar descontos de 7% a 10% para não perder a venda."

Matheus Fabricio, diretor executivo da rede de imobiliárias Lopes conta que, nas últimas 150 vendas feitas pelo grupo em São Paulo, a média de descontos que o comprador conseguiu foi de 9%. "Nos imóveis de alto padrão, chegou a 15%."

Com o desaquecimento do mercado, o proprietário foi obrigado a ceder e fazer uma avaliação realista do preço do imóvel, diz. Ele lembra de uma propriedade na zona sul de São Paulo que ficou mais de dois anos à venda, até que o dono aceitasse baixar o preço em 39%.

Na avaliação dos especialistas ouvidos pelo Estado, a tendência é que os preços dos imóveis não tenham uma variação significativa no começo de 2019, devendo voltar a registrar aumentos reais entre o fim do ano que vem e 2020.

Fonte: Estadão Conteúdo

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